Sanções, tarifas e crise diplomática. Foi nesse contexto que Lula fez sua 1ª visita aos EUA desde a posse de Trump, para abrir a Assembleia Geral da ONU. Ele falou sobre democracia, clima, guerras e soberania — com recados diretos a Washington.
*Citou a condenação de Bolsonaro como recado a “candidatos autocratas”;
*Criticou países que resistem à regulação digital, acusando-os de proteger “interesses escusos”;
*Chamou atenção para a pauta do clima, falando que a COP30, em Belém, será, a “COP da verdade” — e reforçou o convite aos presentes.
*Chamou a resposta de Israel aos ataques do Hamas de genocídio e lamentou a ausência da Palestina no evento.
Minutos depois, foi a vez de Trump pegar todos de surpresa
O POTUS contou que encontrou Lula rapidamente nos corredores, que os dois se abraçaram e que marcaram uma reunião para a semana que vem.
Ele chegou até falar em “química excelente” entre eles: “Ele parece um cara muito legal, eu gostei dele e ele gostou de mim”.
Mas era o clássico morde e assopra. Após os elogios, voltou a criticar o processo contra Jair Bolsonaro, acusou o Brasil de “censura e perseguição judicial” e justificou as tarifas de 50% como defesa contra abusos do Judiciário.
Ele ainda foi além: “Sinto muito em dizer isso, mas o Brasil está indo mal e continuará indo mal. Eles só deverão ir bem trabalhando conosco, sem nós eles falharão como outros falharam”.
Agora, o governo brasileiro avalia os moldes do encontro entre os presidentes, para evitar que Trump use uma reunião para colocar Lula em uma saia justa em público — assim como ele fez com Zelensky na Casa Branca.