A um ano das eleições presidenciais, Lula já se apresenta como o grande candidato a permanecer no Planalto por mais 4 anos. Em suas palavras, “vai ser difícil derrotar a gente numa eleição”. Lula não fala isso à toa. De acordo com o novo levantamento da Quaest, o presidente aparece à frente de todos os possíveis adversários, tanto em 1º quanto em 2º turno, e amplia sua vantagem mês a mês.
O presidente apresenta 45% das intenções de voto, contra 33% de Tarcísio de Freitas, seu possível principal adversário após a inelegibilidade de Bolsonaro.— embora Tarcísio negue que vai se candidatar.
Em maio, o cenário era de empate técnico: 41% a 40%, resultado que mostra uma mudança considerável nas intenções de voto. O avanço de Lula é atribuído, em grande parte, ao reforço dos programas sociais.
O governo intensificou ações como a tarifa social de energia, o programa Gás do Povo e a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil — medidas que fortalecem a base eleitoral e têm elevado sua aprovação entre as classes mais baixas.
Mas o custo dessa popularidade pode ser bem alto
Desde que voltou ao Planalto, Lula aumentou 27 tributos e viu a carga tributária subir de 31,2% para 32,3% do PIB. A arrecadação federal bateu recorde, mas os gastos públicos cresceram ainda mais rápido, elevando o déficit e pressionando as contas.
Na prática, Lula aparenta se consolidar cada vez mais para um 4° mandato, mas o preço fiscal pode acabar sendo muito pesado para as contas públicas.