No fim da semana passada, os EUA anunciaram uma redução nas tarifas sobre carne, café, tomates e bananas. A medida aconteceu em meio a uma tentativa de baixar o preço dos alimentos por lá.
Só que, no caso do Brasil, o alívio veio “metade”. Washington retirou apenas a tarifa de 10%. A taxa pesada — os 40% do tarifaço criado para punir o Brasil pela suposta perseguição a Bolsonaro — continua valendo. Embora o governo federal tenha afirmado que a redução foi “positiva”, o mercado brasileiro parece não estar tão otimista assim.
Tudo porque o Brasil continua em desvantagem. O café, por exemplo, saiu de uma tarifa de 50% para 40%, enquanto Colômbia e Vietnã — grandes concorrentes nossos — tiveram suas tarifas zeradas.
A relevância: Os americanos compram 16% de todo o café exportado pelo Brasil. Só entre agosto e outubro, as vendas de cafés especiais despencaram 55% em relação ao mesmo período de 2024.
Ainda que a retirada da tarifa de 10% beneficie cerca de 80 produtos, que somaram US$ 4,6 bilhões em exportações em 2024, o setor brasileiro parece desconfiado do que o futuro promete.
