Durante o mês de outubro, a cor rosa toma conta do cenário mundial como um símbolo de conscientização e combate ao câncer de mama. Este tipo de câncer, que afeta cerca de 70 mil mulheres no Brasil a cada ano, tem um índice de cura superior a 90% quando diagnosticado nas fases iniciais. É justamente com esse objetivo que a campanha Outubro Rosa se fortalece: alertar sobre a importância do diagnóstico precoce e da prevenção.
Fatores de risco
A médica responsável pelo Serviço de Oncologia do Hospital São Vicente de Paulo, de Passo Fundo, Dra. Gabriela Stella, destaca que o câncer de mama não tem uma causa única. “O desenvolvimento da doença é influenciado por múltiplos fatores, que vão desde a genética até aspectos ambientais e comportamentais”, explica.
Entre os principais fatores de risco estão a idade avançada, especialmente após os 50 anos. Outros fatores, como a primeira menstruação antes dos 12 anos, menopausa tardia, a primeira gravidez após os 30 anos e a falta de amamentação, também podem elevar o risco de câncer de mama. “O uso de contraceptivos orais e terapias hormonais pós-menopausa também devem ser observados”, alerta Dra. Gabriela.
A médica também menciona que fatores comportamentais, como o consumo de álcool, o sedentarismo, o sobrepeso e a obesidade, são determinantes para o aumento do risco não apenas do câncer de mama, mas de várias outras condições de saúde.
Atenção aos sinais
Estar atenta ao próprio corpo e realizar o autoexame são passos essenciais para detectar alterações precocemente. “Os sinais mais comuns do câncer de mama são o aparecimento de nódulos na mama, nas axilas ou no pescoço, além da mudança na textura da pele, que pode se tornar avermelhada. Também é importante observar o mamilo – se houver retração, inversão ou secreção espontânea, isso pode ser um indicativo de alerta”, reforça Dra. Gabriela.
Mas a prevenção vai além do autoexame. Manter hábitos saudáveis e realizar exames regulares, como a mamografia, são essenciais. “Adotar uma alimentação balanceada, praticar atividades físicas e controlar o peso são atitudes preventivas que fazem toda a diferença”, recomenda a especialista. Ela também destaca a importância de consultas regulares com o ginecologista e outros profissionais de saúde. “Uma detecção precoce aumenta as chances de cura e, por isso, é fundamental desmistificar o medo do câncer de mama e fortalecer a ideia de que a prevenção é o caminho mais seguro”, conclui Dra. Gabriela.
Foto: Arquivo – Comunicação HSVP