O preço do aço importado vai subir. A União Europeia se prepara para elevar para 50% as tarifas sobre aço e alumínio, seguindo os EUA na tentativa de frear o excesso de produção na China.
Hoje, o bloco já cobra 25% de tarifa quando as cotas de importação são ultrapassadas. Mas esse mecanismo expira em junho de 2026.
A nova proposta é mais dura. Dobrar a alíquota, criar cotas específicas por país e revisar a cada cinco anos, o projeto, a partir de 2031.
Mas, por que a Europa faria isso se quem vai pagar a conta é ela mesma? A lógica aqui é sacrificar preço baixo agora para não morrer na praia depois.
Ao encarecer o aço chinês, a UE dá fôlego para suas siderúrgicas competirem e gerarem empregos. Sem essa barreira, muitas poderiam quebrar — e o continente ficaria refém só do aço da China.
O consumidor europeu deve sentir no bolso no curto prazo, mas a ideia é tentar manter viva uma indústria que faz tudo funcionar, de carros a turbinas eólicas.
De um lado, a indústria europeia ganha fôlego para competir.
Do outro, cresce o risco de Pequim reagir e transformar o aço em mais um round da guerra comercial.